MUNDIAL 2010. Chuva e vento aguardam Portugal na primeira "final"
Chuva e vento aguardam Portugal na primeira "final"
Selecção inicia o Mundial frente ao rival directo. Nem sempre a estreia foi decisiva, mas neste caso pode ser fundamental. Danny provável titular.
Port Elizabeth é uma cidade costeira, com cerca de um milhão de habitantes. É conhecida como a “cidade do vento” e faz jus ao nome, especialmente no Inverno. Vinda da savana nos arredores de Joanesburgo, onde faz calor de dia e frio à noite, a selecção portuguesa estreia-se hoje (15h, hora de Lisboa) no Mundial 2010, com as previsões a apontarem para vento e 70 por cento de possibilidades de chover, o que promete ser mais um desafio numa empreitada de respeito.
É que a abrir a participação na África do Sul a equipa de Carlos Queiroz tem pela frente a Costa do Marfim, adversária directa na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final, no chamado “grupo da morte”. Uma vitória hoje pode lançar a equipa para a próxima fase; uma derrota complica, e muito, as contas portuguesas. Um empate não compromete, mas também não ajuda muito, reforçando a importância do segundo jogo (Coreia do Norte, segunda-feira) e, especialmente, do terceiro (Brasil, dia 25).
“Não há espaço para errar num Mundial e queremos, desde o princípio, ganhar os três pontos”, disse, ontem, Carlos Queiroz, assumindo a importância do primeiro jogo. Um pensamento reforçado por Deco, que defendeu ser “fundamental” vencer a primeira partida, para “dar tranquilidade à equipa”.
Ganhar na estreia numa competição curta, como um Mundial, é sempre importante e Portugal soma cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Um triunfo, sem dúvida, moraliza e é meio caminho para o apuramento, embora a história da selecção portuguesa em grandes provas internacionais nem sempre o comprove na prática. Dois exemplos: no Euro 2004, Portugal entrou a perder, com a Grécia (1-2), e chegou à final. Antes, no Mundial de 1986, aconteceu o inverso: a selecção venceu a Inglaterra (1-0) na primeira partida e não se apurou para a segunda fase.
Mas também vale a pena lembrar que no Euro 2000 e no Mundial 2006 a equipa nacional entrou a vencer, ganhando embalagem para chegar às meias-finais. Outro dado curioso é que Portugal costuma marcar sempre na estreia, sendo a excepção à regra o nulo com a República Federal da Alemanha, no primeiro desafio do Euro 1984.
Nesta quinta presença em Mundiais, o resultado da estreia assume, assim, um relevo maior, já que Portugal está inserido no chamado “grupo da morte”. “É preciso saber o que é o grupo da morte. Significa que há três favoritos para dois lugares. Não interessa se jogam o melhor futebol do mundo, até podem ser as melhores equipas do mundo, mas só duas avançam”, salientou Queiroz.
Pela frente, Ronaldo e companhia terão uma Costa do Marfi m, que é uma das mais cotadas (se não a mais cota da) das selecções africanas presentes no primeiro Mundial em África. E para além da qualidade dos costa-marfinenses a selecção terá ainda de lidar com uma série de factores ambientais e circunstanciais. Um deles é o relvado. Mal entrou ontem no Nelson Mandela Bay Stadium, o seleccionador português torceu o nariz ao estado do tapete verde. Trocou algumas impressões com um responsável do recinto e abanou a cabeça, em sinal de desagrado, com algumas falhas de relva, especialmente no meio-campo e baliza norte. Após o treino, o técnico recusou falar do assunto – “Não tenho comentários a fazer sobre isso. É tempo de jogar e de expressar o nosso futebol” –, mas a preocupação terá aumentado ainda mais, quando viu a forte chuvada que caiu na cidade durante a tarde.
Danny titular
Outro factor que poderá ter peso é o da adaptação a circunstâncias diferentes. Portugal estagiou em altitude na Covilhã, mas com temperaturas relativamente elevadas. Depois mudou-se para Magaliesburg, a 1400 metros de altitude, com calor durante o dia e frio à noite. E agora terá de jogar ao nível do mar (o que não será complicado, garantem os especialistas), mas provavelmente com chuva, temperaturas mais baixas e um relvado complicado, com a agravante de os jogadores se terem queixado de algumas dificuldades de adaptação à bola, que tem, naturalmente, efeitos diferentes consoante a altitude e o estado do relvado (molhado ou seco).
Estes são só mais alguns dados para apimentar um dos jogos grandes desta primeira fase, em que Carlos Queiroz poderá apostar em Danny, deixando Simão de fora. O avançado do Zenit está em grande forma, devendo merecer a confiança de acompanhar Ronaldo e Liedson no ataque. De resto, Fábio Coentrão será o escolhido para a lateral esquerda e Pedro Mendes juntar-se-á a Raul Meireles e Deco no meio-campo. Isto porque Pepe terá de aguardar por outra oportunidade – nos últimos seis meses alinhou apenas 15 minutos ante Moçambique, faltando-lhe ainda ritmo de jogo para algo tão intenso como um desafio do Mundial. É que 648 dias depois de iniciar a caminhada para a África do Sul, o destino dos apelidados “navegadores” começa agora a decidir-se. E hoje se verá se a série de bons resultados (cinco vitórias seguidas em jogos oficiais, a melhor desde os seis triunfos em 2006) veio para ficar.
Port Elizabeth é uma cidade costeira, com cerca de um milhão de habitantes. É conhecida como a “cidade do vento” e faz jus ao nome, especialmente no Inverno. Vinda da savana nos arredores de Joanesburgo, onde faz calor de dia e frio à noite, a selecção portuguesa estreia-se hoje (15h, hora de Lisboa) no Mundial 2010, com as previsões a apontarem para vento e 70 por cento de possibilidades de chover, o que promete ser mais um desafio numa empreitada de respeito.
É que a abrir a participação na África do Sul a equipa de Carlos Queiroz tem pela frente a Costa do Marfim, adversária directa na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final, no chamado “grupo da morte”. Uma vitória hoje pode lançar a equipa para a próxima fase; uma derrota complica, e muito, as contas portuguesas. Um empate não compromete, mas também não ajuda muito, reforçando a importância do segundo jogo (Coreia do Norte, segunda-feira) e, especialmente, do terceiro (Brasil, dia 25).
“Não há espaço para errar num Mundial e queremos, desde o princípio, ganhar os três pontos”, disse, ontem, Carlos Queiroz, assumindo a importância do primeiro jogo. Um pensamento reforçado por Deco, que defendeu ser “fundamental” vencer a primeira partida, para “dar tranquilidade à equipa”.
Ganhar na estreia numa competição curta, como um Mundial, é sempre importante e Portugal soma cinco vitórias, dois empates e duas derrotas. Um triunfo, sem dúvida, moraliza e é meio caminho para o apuramento, embora a história da selecção portuguesa em grandes provas internacionais nem sempre o comprove na prática. Dois exemplos: no Euro 2004, Portugal entrou a perder, com a Grécia (1-2), e chegou à final. Antes, no Mundial de 1986, aconteceu o inverso: a selecção venceu a Inglaterra (1-0) na primeira partida e não se apurou para a segunda fase.
Mas também vale a pena lembrar que no Euro 2000 e no Mundial 2006 a equipa nacional entrou a vencer, ganhando embalagem para chegar às meias-finais. Outro dado curioso é que Portugal costuma marcar sempre na estreia, sendo a excepção à regra o nulo com a República Federal da Alemanha, no primeiro desafio do Euro 1984.
Nesta quinta presença em Mundiais, o resultado da estreia assume, assim, um relevo maior, já que Portugal está inserido no chamado “grupo da morte”. “É preciso saber o que é o grupo da morte. Significa que há três favoritos para dois lugares. Não interessa se jogam o melhor futebol do mundo, até podem ser as melhores equipas do mundo, mas só duas avançam”, salientou Queiroz.
Pela frente, Ronaldo e companhia terão uma Costa do Marfi m, que é uma das mais cotadas (se não a mais cota da) das selecções africanas presentes no primeiro Mundial em África. E para além da qualidade dos costa-marfinenses a selecção terá ainda de lidar com uma série de factores ambientais e circunstanciais. Um deles é o relvado. Mal entrou ontem no Nelson Mandela Bay Stadium, o seleccionador português torceu o nariz ao estado do tapete verde. Trocou algumas impressões com um responsável do recinto e abanou a cabeça, em sinal de desagrado, com algumas falhas de relva, especialmente no meio-campo e baliza norte. Após o treino, o técnico recusou falar do assunto – “Não tenho comentários a fazer sobre isso. É tempo de jogar e de expressar o nosso futebol” –, mas a preocupação terá aumentado ainda mais, quando viu a forte chuvada que caiu na cidade durante a tarde.
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Outro factor que poderá ter peso é o da adaptação a circunstâncias diferentes. Portugal estagiou em altitude na Covilhã, mas com temperaturas relativamente elevadas. Depois mudou-se para Magaliesburg, a 1400 metros de altitude, com calor durante o dia e frio à noite. E agora terá de jogar ao nível do mar (o que não será complicado, garantem os especialistas), mas provavelmente com chuva, temperaturas mais baixas e um relvado complicado, com a agravante de os jogadores se terem queixado de algumas dificuldades de adaptação à bola, que tem, naturalmente, efeitos diferentes consoante a altitude e o estado do relvado (molhado ou seco).
Estes são só mais alguns dados para apimentar um dos jogos grandes desta primeira fase, em que Carlos Queiroz poderá apostar em Danny, deixando Simão de fora. O avançado do Zenit está em grande forma, devendo merecer a confiança de acompanhar Ronaldo e Liedson no ataque. De resto, Fábio Coentrão será o escolhido para a lateral esquerda e Pedro Mendes juntar-se-á a Raul Meireles e Deco no meio-campo. Isto porque Pepe terá de aguardar por outra oportunidade – nos últimos seis meses alinhou apenas 15 minutos ante Moçambique, faltando-lhe ainda ritmo de jogo para algo tão intenso como um desafio do Mundial. É que 648 dias depois de iniciar a caminhada para a África do Sul, o destino dos apelidados “navegadores” começa agora a decidir-se. E hoje se verá se a série de bons resultados (cinco vitórias seguidas em jogos oficiais, a melhor desde os seis triunfos em 2006) veio para ficar.
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By Anònim, at 4:35 a. m.
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By Anònim, at 4:36 a. m.
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ninest123 08.08
By Anònim, at 4:38 a. m.
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