Mais Messi, pouco Ronaldo
O campeão Barcelona foi à capital dar uma lição ao Real Madrid e saiu com uma vitória por 0-2 e a liderança da Liga debaixo do braço
Ronaldo tem uma obsessão que dura desde 2008. Nos duelos com Messi, o português apresenta um saldo assustador e cada confronto com o argentino é um alongar dessa angústia. Em Novembro, perdeu no jogo em Camp Nou e não só saiu derrotado como ficou em branco. É uma história que vem de trás, quando jogava em Manchester: ganhou um jogo, perdeu quatro e nunca marcou. No maior palco da Europa, perdeu a Champions para o Barcelona na final de Roma e viu “Leo” marcar o golo decisivo. Ontem, a história repetiu-se.
Além de Messi, Ronaldo e Real Madrid saíram derrotados por Guardiola. Foi uma lição dura de vida. O Barcelona apresentou o seu melhor jogo, o de ataque e controlo de bola, perante um adversário que parece jogar aos tropeções e descoordenado. O argentino é quem mais beneficia do apoio que a equipa lhe empresta e o português é um dos maiores prejudicados da falta de colaboradores. Antes do jogo, os madridistas apresentavam uma folha com mais golos marcados (83 contra a 75), o que lhes permitiu receberem o campeão na liderança da Liga, apesar de empatados em pontos (77). Do outro lado, os catalães levaram uma melhor defesa (19 contra 26 golos encaixados). E foi isto que prevaleceu. A estrutura em relação ao desnorte de uma equipa que não lhe resta mais nada por lutar esta época.
Tudo começou a ruir aos pés de Messi. O argentino saiu a ganhar a toda a linha. Marcou o primeiro golo, aumentou o registo para 27 na prova, é o melhor marcador e distanciou-se de Higuaín (24), o seu perseguidor, que mal se viu ontem. E ajudou o campeão a manter o estatuto intocado. Pedro, o marcador de golos em todos os seis títulos que os catalães venceram a época passada, fez o 0-2 e arrumou com o Real.
Em dois remates, nasceram dois golos. Aqui o arquitecto foi Xavi. O médio participou nas duas assistências ao argentino e ao espanhol, como ainda serviu Messi em duas outras ocasiões – aqui valeu Casillas. Xavi estreou-se há dez anos no grande clássico. Chama-lhe o “jogo”. “Quando sai o calendário é a primeira coisa que procuro, é saber quando jogamos com o Real Madrid. Hoje, o jogo foi dele, não com a camisola 26, quando debutou em 1999/2000, mas com a 6, sinal de que ganhou protagonismo na equipa.
Do outro lado, Ronaldo apenas dispôs de uma boa ocasião, mas desperdiçou-a nos pés de Valdés. Gutí, uma espécie de Xavi do Real, entrou na segunda parte e participou no melhor que a equipa de Madrid ofereceu ao seu público, que encheu o estádio mas foi saindo muito antes do fim. Raúl também entrou, participou no seu 31.º clássico e igualou o mítico Francisco Gento, o único futebolista na história a ter ganho seis Taças dos Campeões Europeus.
Nunca o Barça tinha ganho duas vezes seguidas em Chamartín. Fê-lo ontem, depois de há um ano ter escrito uma das páginas mais gloriosas do seu currículo, com o 2-6. E com esta série pode ter sentenciado o campeonato deste ano. Na véspera, Guardiola alertou para o registo invencível do Real, com 15 vitórias em 15 jogos. “É uma barbaridade os 50 golos marcados”. Ao futebol bárbaro, respondeu com a classe das grandes equipas. E saiu de Madrid como dono da Liga.
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Ronaldo tem uma obsessão que dura desde 2008. Nos duelos com Messi, o português apresenta um saldo assustador e cada confronto com o argentino é um alongar dessa angústia. Em Novembro, perdeu no jogo em Camp Nou e não só saiu derrotado como ficou em branco. É uma história que vem de trás, quando jogava em Manchester: ganhou um jogo, perdeu quatro e nunca marcou. No maior palco da Europa, perdeu a Champions para o Barcelona na final de Roma e viu “Leo” marcar o golo decisivo. Ontem, a história repetiu-se.
Além de Messi, Ronaldo e Real Madrid saíram derrotados por Guardiola. Foi uma lição dura de vida. O Barcelona apresentou o seu melhor jogo, o de ataque e controlo de bola, perante um adversário que parece jogar aos tropeções e descoordenado. O argentino é quem mais beneficia do apoio que a equipa lhe empresta e o português é um dos maiores prejudicados da falta de colaboradores. Antes do jogo, os madridistas apresentavam uma folha com mais golos marcados (83 contra a 75), o que lhes permitiu receberem o campeão na liderança da Liga, apesar de empatados em pontos (77). Do outro lado, os catalães levaram uma melhor defesa (19 contra 26 golos encaixados). E foi isto que prevaleceu. A estrutura em relação ao desnorte de uma equipa que não lhe resta mais nada por lutar esta época.
Tudo começou a ruir aos pés de Messi. O argentino saiu a ganhar a toda a linha. Marcou o primeiro golo, aumentou o registo para 27 na prova, é o melhor marcador e distanciou-se de Higuaín (24), o seu perseguidor, que mal se viu ontem. E ajudou o campeão a manter o estatuto intocado. Pedro, o marcador de golos em todos os seis títulos que os catalães venceram a época passada, fez o 0-2 e arrumou com o Real.
Em dois remates, nasceram dois golos. Aqui o arquitecto foi Xavi. O médio participou nas duas assistências ao argentino e ao espanhol, como ainda serviu Messi em duas outras ocasiões – aqui valeu Casillas. Xavi estreou-se há dez anos no grande clássico. Chama-lhe o “jogo”. “Quando sai o calendário é a primeira coisa que procuro, é saber quando jogamos com o Real Madrid. Hoje, o jogo foi dele, não com a camisola 26, quando debutou em 1999/2000, mas com a 6, sinal de que ganhou protagonismo na equipa.
Do outro lado, Ronaldo apenas dispôs de uma boa ocasião, mas desperdiçou-a nos pés de Valdés. Gutí, uma espécie de Xavi do Real, entrou na segunda parte e participou no melhor que a equipa de Madrid ofereceu ao seu público, que encheu o estádio mas foi saindo muito antes do fim. Raúl também entrou, participou no seu 31.º clássico e igualou o mítico Francisco Gento, o único futebolista na história a ter ganho seis Taças dos Campeões Europeus.
Nunca o Barça tinha ganho duas vezes seguidas em Chamartín. Fê-lo ontem, depois de há um ano ter escrito uma das páginas mais gloriosas do seu currículo, com o 2-6. E com esta série pode ter sentenciado o campeonato deste ano. Na véspera, Guardiola alertou para o registo invencível do Real, com 15 vitórias em 15 jogos. “É uma barbaridade os 50 golos marcados”. Ao futebol bárbaro, respondeu com a classe das grandes equipas. E saiu de Madrid como dono da Liga.
Comentários
Maria 10.04.2010, Portugal
Messi joga muito melhor futebol do que CR9. Este último é uma marca. O Primeiro é o futebol na verdadeira acepção da palavra....
Messi joga muito melhor futebol do que CR9. Este último é uma marca. O Primeiro é o futebol na verdadeira acepção da palavra....
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