Euro 2008

Portugal sem espinhas

A primeira vitória já está. Portugal, com uma exibição muito mais consistente e convincente em relação ao que fez na fase de qualificação, neutralizou uma Turquia que se sabia perigosa, mas que raramente incomodou a baliza de Ricardo. Primeiro porque não quis, depois porque não foi capaz. Aliás, estes rapazes são sempre uns belos fregueses quando nos aparecem pela frente (6 triunfos em 7 confrontos)...E como sabe bem iniciar a fase final de uma grande competição a vencer. Em 2004, mesmo a jogar em casa, o cenário foi diferente, com a primeira de duas derrotas perante uns gregos de má memória. Porém, os exemplos anteriores dizem-nos que é possível seguir em frente depois de começar a perder, mas também o contrário (México'86). Assim sendo, foi bom, mas o melhor é manter a humildade, a atitude e conseguir o segundo sucesso já no próximo embate, perante a República Checa que, tendo ganho na estreia à Suíça, não ganhou para o susto, pois foram dominados em grande parte do desafio.Portugal mostrou, logo de entrada, que é a melhor equipa do Grupo A. Seguir em frente para os quartos-de-final é o mínimo que pode acontecer a um conjunto repleto de qualidade. A superioridade lusa foi tão evidente durante todo o jogo que, nesta altura, os turcos podem e devem dar-se como satisfeitos. Mesme perdendo. É que se o "score" tivesse sido mais amplo, ninguém o ousaria questionar.Individualmente, merece destaque a estreia de Pepe e Raul Meireles a marcar pela Selecção, mas também outros "pormenores": Petit surgiu mais forte que em toda a temporada no Benfica; João Moutinho justificou a escolha como titular; Paulo Ferreira não estranhou o posto de lateral-esquerdo; Ricardo surgiu seguro após alguns meses complicados e Nuno Gomes, mesmo sem marcar, pareceu revigorado e confiante. No futuro, com Ronaldo mais "solto" e sem os postes a jogar pelos adversários... a coisa promete. Eu continuo a acreditar. Hoje, mais do que ontem!