Schuster: “Impossível ganhar em Barcelona”

Schuster: “Impossível ganhar em Barcelona”
O treinador alemão Bernd Schuster do Real Madrid joga no próximo sábado em Camp Nou, com o Barcelona, líder do campeonato e já vai derrotado, pois reconheceu, de acordo com a imprensa espanhola desta manhã que “ali não é possível ganhar”. Depois da derrota de ontem., em casa, frente ao Sevilha, por 4-3, Schuster apareceu aos jornalistas entre desiludido e esperançoso na recuperação, pois, afirmou, os “jogadores estão a dar tudo”. Em relação ao jogo de ontem, em que o Real Madrid, na primeira parte, não esteve em campo, Schuster lamentou que os seus homens apenas tenham acordado no segundo tempo. “Não me resigno, porque os jogadores estão a dar tudo. Mas falta mudar a sorte desta equipa. (…) Não é suficiente a boa imagem da segunda parte. É preciso ter os olhos abertos e ver a primeira. Complicámos a nossa vida e tivemos de fazer um esforço superior. Às vezes sai e outras não. Os jogos são mais do que 90 minutos”, afirmou Schuster. O treinador, ao que se diz, com a sorte traçada se perder em Barcelona, isto é, poderá ser despedido, reconheceu que o que ontem se passou não foi “azar”. “Fizemos coisas muito boas e outras nem tanto. (…) A sorte é preciso procurá-la. O jogo de hoje não foi uma questão de sorte”, referiu. Schuster admitiu também que a segunda parte, melhor do que a primeira, se ficou a dever à “passividade” do Sevilha. Voltando ao jogo do próximo sábado, fica-se com a ideia de que Schuster e o seu Real Madrid sairão de casa já batidos. “A partida contra o Barcelona preocupa menos que qualquer outra. Ali não é possível ganhar, porque o Barcelona está a arrasar e creio que este será o seu ano. A equipa (Real Madrid) poderá desempenhar ali um bom papel, mas de mais não se pode falar”, disse, com o pragmatismo que caracteriza os germânicos.

A crise no Real Madrid conheceu ontem mais um episódio após a derrota, no Santiago Bernabéu, frente ao Sevilha. Os merengues, que na próxima jornada vão a Barcelona, voltaram a demonstrar todas as suas lacunas habituais, particularmente no capítulo defensivo, onde se notou demasiado as ausências de Pepe e de Heinze. Cannavaro já não tem a frescura de outros tempos, e Sergio Ramos não consegue ser o "bombeiro de serviço" que o internacional português costuma ser, quando as coisas se complicam.
Os merengues estiveram a um passo de serem goleados - aos 39', perdiam por 3-1 -, conseguiram levantar a cabeça e aproveitaram algum receio contrário para empatar, mas, a cinco minutos do fim, Renato deu a machadada final nas expectativas dos madrilenos. A crise é evidente. Os adeptos assobiam, presidente e treinador são contestados, e os campeões estão na quinta posição, a nove pontos do líder. Uma derrota na Catalunha será provavelmente o adeus de Schuster.