Penya Barcelonista de Lisboa

dijous, de desembre 21, 2006

Deco: ”Para mim é melhor que Costinha não jogue”


Deco: ”Para mim é melhor que Costinha não jogue”
O Mágico do Barça admite que o seu trabalho ficaria bem mais limitado se o médio português do Atlético de Madrid jogasse hoje em Camp Nou.
O Jogo Online.LUÍS ANTÓNIO SANTOS, em Barcelona
O “jet-lag” apoquenta ainda, mas pouco. Pior que o fuso horário só a derrota no Japão frente ao Internacional que roubou ao Barça a possibilidade de se sagrar o melhor do Mundo.
O insucesso ainda mexe com os jogadores e ainda é tema de muitas conversas, de debates e entrevistas mais ou menos interessantes de ex-futebolistas e figuras do passado, os jornais estendem o drama, esticam a questão tornando-a até mais importante do que o clássico desta noite, em Camp Nou, frente ao Atlético de Madrid.
A majestosa sala de visitas do clube “culé” recebe hoje o perigoso bloco “colchonero” que se apresenta desfalcado de uma unidade que poderia ter interferência directa no jogo da equipa: o português Costinha, que nem viajou com a equipa para a capital da Catalunha, limitando o dia a tratamentos a uma lesão sofrida no jogo com o Levante para a Taça do Rei.
“Para mim, para o meu trabalho, é melhor que Costinha não jogue, terei, é quase certo, maior liberdade de movimentos”, admitiu o número 20 do Barça em declarações a O JOGO, sorrindo, e a pensar, claramente, nas duras marcações a que podia ser sujeito por parte do capitão da Selecção Nacional.
“Com Costinha, um jogador muito experiente, o Atlético é mais equilibrado nas marcações”, sustenta o internacional português, eleito o melhor jogador do Mundial de Clubes e que chefiará o meio-campo catalão no embate de hoje.
Não joga Costinha, mas está confirmada a presença de Maniche no onze de Javier Aguirre que na época passada venceu em solo “culé” por um concludente 3-1.
“Vai ser bom; somos amigos. Ele passou um tempo difícil na Rússia e veio agora encontrar na liga espanhola um pouco de alegria. Depois dos anos bons que passou no FC Porto teve essa passagem complicada no Dínamo.
Fico feliz por ele, é um reencontro bom. Depois de termos jogado tantos anos juntos, reencontrá-lo agora de uma forma diferente é sempre muito agradável”.
Com Maniche viajará outro português, o defesa Zé Castro, previsivelmente titular.
Deco tem apreciado a evolução do jovem central. “É um jogador em progressão permanente. Está a fazer uma boa campanha, e jogando na liga espanhola com mais assiduidade pode ter mais oportunidades de chegar à Selecção Nacional”.
Perspectivando o clássico, Deco só encontra uma palavra para o definir: difícil. E explica porquê.
“Difícil e complicado porque o Atlético de Madrid tem uma equipa muito forte, composta por excelentes jogadores. E nós estamos ainda um pouco cansados de uma viagem longa e desgastante”.
Uma viagem de que resultou uma derrota marcante para toda a família “culé”.
“A derrota não foi fácil, mas a competição agora é outra. São jogos diferentes e queremos muito recuperar o primeiro lugar da liga e para isso suceder temos de ganhar.
Desejamos acabar a primeira fase do campeonato na frente da classificação, mas o jogo vai exigir grande esforço de nossa parte, porque o adversário para além de ter bons jogadores está mais fresco e costuma fazer bons resultados em nossa casa.
Mas o nosso objectivo passa, claramente, pela conquista da vitória”.
"Colchoneros" em passo de corrida
Alguns (poucos) aficionados receberam ontem o Atlético de Madrid no hotel escolhido pela equipa "colchonera" para estagiar em Barcelona com vista ao jogo de hoje.
Fernando Torres, um jogador que tem especial tendência em marcar golos ao Barça, a ser o mais solicitado.
Maniche desceu do autocarro de telemóvel no ouvido e “voou” para o interior da unidade hoteleira onde era proibido fotografar.
Rápido a raspar-se para dentro do hotel – também para fugir ao frio siberiano da noite catalã - foi igualmente Zé Castro, o outro português chamado por Javier Aguirre para o duelo desta noite. Costinha, lesionado, não viajou.