Penya Barcelonista de Lisboa

dimecres, de setembre 17, 2008

Sporting dá uma ajuda a Guardiola

Messi esteve em grande destaque na partida


Sporting dá uma ajuda a Guardiola

Entrada a perder do Sporting na Liga dos Campeões, frente a um Barcelona que atacou mais e dominou as operações, mas que beneficiou de um penálti muito duvidoso de Abel sobre Eto’o. Os catalães voltaram a fazer jus ao seu estatuto de invencíveis nos jogos da Champions em casa. Foi a nona edição seguida do “Barça” com vitórias no primeiro jogo da milionária competição europeia.
Johann Cruyff disse que Guardiola não era “nem inexperiente nem suicida”, numa tentativa de anular o pessimismo que rodeava a equipa catalã, graças a um mau arranque de campeonato e a uma derrota inesperada em Cracóvia. E as palavras do mítico treinador holandês terão feito mais do que motivar o pupilo Josep Guardiola. É que “Pep” decidiu imitar o mestre e conseguiu segurar-se no comando técnico do Barça. Em concreto, colocou em campo, pela primeira vez, o 3x4x3 inventado por Cruyff, projectando todos os jogadores sobre Rui Patrício, à procura do golpe que surpreendesse o Sporting e, mais importante, que devolvesse a tranquilidade às hostes catalãs. O Sporting, no 4x4x2 do costume, sabia que o esperava uma missão hercúlea. O passado do clube – nunca tinha vencido em solo espanhol para as competições europeias – recomendava prudência. O que fez então o treinador do Sporting? Um jogo calculista, muito preso às marcações e à defesa, com pouca “corda” para Derlei e Djaló na frente de ataque. Não era para menos, tal a fúria com que os catalães entraram no jogo. Os primeiros minutos foram mesmo um filme de terror para a equipa de Paulo Bento. Susto número um: remate de Iniesta por cima. Susto número dois: Henry com cruzamentos calibrados e Eto’o no sítio certo mas com força errada. Susto número três: “bomba” de Henry a roçar o poste. Susto número quatro: tiro de Messi ao lado, depois de jogada genial, a deixar para trás João Moutinho e a sentar Polga, impotente, na relva. Ainda houve um susto número cinco, um seis e um sete, a maioria com Rui Patrício atento. Era uma questão de tempo até o Barcelona materializar as oportunidades criadas. O golo catalão acabou por chegar, curiosamente de bola parada (21’), depois de mais uma jogada de insistência do tridente ofensivo do “Barça”. Tudo como mandam os manuais: canto ao segundo poste e o mexicano Rafa Marquez apareceu a cabecear de fora da pequena área, com a bola a trair Rui Patrício em voo picado. O coração dos adeptos blaugrana disparou de alegria e nem a progressiva perda de fulgor do Barcelona afectou a festa. Houve “olés” para Henry, que se mostrou mais activo que o habitual, cheirando o segundo golo aos 38’, após assistência de Iniesta. Houve “que pies divinos” para Messi, que voltou a fazer gato e sapato de Polga, embora sem efeitos práticos.

Do Sporting, nada. Ou quase nada. O ritmo do jogo só mudou na segunda parte, quando Djaló roubou a bola ao brasileiro Dani Alves e cruzou com perigo para a área. Derlei, sem oposição, teve tudo para marcar, mas não conseguiu montar o remate. Pouco tempo depois foi Rochemback a disparar de fora da área. O brasileiro queria mostrar serviço frente ao clube que o foi buscar ao Brasil: não teve êxito, mas o aviso ecoou em todo o Camp Nou. Numa altura em que o equilíbrio começava a imperar, o Barcelona voltou a marcar. Lá foram os catalães outra vez em correria e o árbitro assinalou um empurrão muito duvidoso de Abel a Eto’o. Assim nasceu o segundo golo, com o camaronês a marcar o penálti para a direita e Rui Patrício a mergulhar para a esquerda. O golo não afectou um Sporting que sabia bem para o que vinha. E a entrada de Miguel Veloso deixou a equipa menos permeável às subidas dos catalães. As operações na relva voltaram a conhecer um ligeiro equilíbrio e o Sporting conseguiu chegar ao golo aos 72’: livre na direita transformado por Miguel Veloso e Tonel a aparecer na pequena área a desviar. Mas durou pouco. Novamente de bola parada, Xavi conseguiu aos 87’ o terceiro golo do “Barça”, aquele que reforçou o domínio da equipa e levou os adeptos a fazerem as pazes com a equipa.