Penya Barcelonista de Lisboa

diumenge, de febrer 08, 2009

Regresso emotivo de Quini a Camp Nou


Regresso emotivo de Quini a Camp Nou


O destino colocou o antigo avançado espanhol Enrique Castro, conhecido como Quini, novamente na ribalta, ainda que apenas por uma noite, quando o treinador de 59 anos orientar o Real Sporting de Gijón frente ao FC Barcelona, a sua antiga equipa como jogador.
Treinadores suspensos

Com o treinador Manuel Preciado e o seu adjunto, Iñaki Tejada, suspensos, depois de terem sido expulsos durante a vitória do Gijón diante do Sevilla FC, por 1-0, no passado fim-de-semana, Quini, o secretário-técnico do clube, vai regressar a Camp Nou num jogo oficial pela primeira vez em 25 anos. Melhor marcador da Liga espanhola por cinco vezes, Quini causou furor ao serviço do Barcelona entre 1980 e 1984, isto entre duas passagens pelo emblema de Gijon, tendo marcado 215 golos em 325 jogos realizados no campeonato.
Espírito de equipa

O treinador interino espera que o espírito de equipa ajude a formação que ocupa actualmente o 12º lugar em casa do líder a dar razão às suas palavras: "O treinador é sempre bom quando a equipa faz boas exibições. Não quero retirar qualquer importância aos técnicos, mas o mais importante é que haja espírito de equipa no balneário".
Gratas memórias

Quini é um dos três jogadores, juntamente com Alfredo Di Stéfano e Hugo Sánchez, a ter conquistado o "Pichichi" (prémio que distingue o melhor marcador) em cinco ocasiões, apenas ultrapassado por Telmo Zarra, vencedor por seis vezes. "No meu tempo havia excelentes avançados, como Mario Kempes, que marcavam bastantes golos, mas este rapaz de Oviedo, chamado Quini, conseguiu ser o melhor marcador do campeonato ao serviço do Gijón", disse orgulhosamente.
Carreira

Algumas das suas 35 internacionalizações pela Espanha foram conseguidas nos Mundiais de 1978 e 1982, tendo ainda participado no Campeonato da Europa de 1980, numa carreira marcada por momentos intensos. Em Gijón, subiu duas vezes de divisão; em Camp Nou, marcou o golo do triunfo na final da edição 1981/82 da Taça dos Vencedores de Taças, para além de ter conquistado a Taça de Espanha, marcando dois golos na final da época 1980/81, precisamente frente ao Gijón.
Vítima de rapto

Esse triunfo revelou-se o culminar de uma época sublime e que teve eventos improváveis fora de campo. Quini foi raptado em Março de 1981 e mantido em cativeiro durante 25 dias, antes de a polícia prender os raptores quando estes se preparavam para recolher o dinheiro do resgate. A propósito deste acontecimento, Quini afirmou: "Foi há muito tempo, nos anos 80, e pela minha parte já está esquecido".
Acontecimentos tristes

Infelizmente, esse não constituiu o único momento triste na vida de Quini. Em Julho de 1993, o seu irmão Jesús, antigo guarda-redes do Gijón, morreu após salvar duas raparigas inglesas de se afogarem numa praia perto de Pechon, no norte de Espanha. Mais recentemente, em 2006, foi submetido à primeira de duas operações a um cancro na garganta, antes de retomar as suas funções no Gijon há alguns meses.
Relembrado

Quini disse uma vez: "Na vida, é preciso saber lidar com o que aparece no nosso caminho. Não gosto de pensar no passado. Não sinto arrependimentos, mas uma coisa que me surpreende é as pessoas ainda se lembrarem de mim". Quini não deu qualquer conferência de imprensa antes do jogo de domingo, alegando razões de ordem médica. Ainda assim, os adeptos do Barcelona não se vão esquecer do homem que vai estar no banco de suplentes do adversário quando o receberem novamente em Camp Nou.