Catalães garantem vitória no grupo C

Catalães garantem vitória no grupo C
Liga dos Campeões: Sporting afundado pelo porta-aviões Barcelona

Cinco golos do Barcelona em Alvalade (2-5) deixaram ontem resolvida a questão do vencedor do Grupo C da Liga dos Campeões. Revelaram também uma enorme fragilidade defensiva do Sporting perante um dos ataques mais mortíferos da Europa.Com as duas equipas já apuradas para os oitavos-de-final, a questão do primeiro lugar era o único aperitivo do encontro, mas os catalães não vieram passear a Lisboa, ao contrário do que se pode dizer da equipa portuguesa em largos momentos da partida.

Foi com uma inexplicável timidez e reverência que os “leões” receberam o clube catalão e talvez a explicação possa residir na excessiva juventude da equipa apresentada por Paulo Bento. Só que não houve correspondência em matéria de irreverência. Pelo contrário. Um “onze” com uma média de idades de 24 anos (e sete jogadores abaixo desta faixa), assente sobretudo no material da casa: sete jogadores formados nas escolas do clube, incluindo o já veterano Caneira. Mas esta montra da formação leonina não podia ter tido uma prestação mais confrangedora na primeira metade do encontro. Entre as novidades apresentadas pelos portugueses, contou-se a (esperada) aposta de Caneira para o lado direito da defesa, regressando Grimi para o lado contrário. No centro do terreno e no ataque, as surpresas foram Bruno Pereirinha (Izmailov não recuperou) e Djaló. A ideia seria aproveitar a velocidade do jovem avançado português e surpreender a dupla de centrais adversária, rotulada de lenta. Mas, a questão nunca se colocou, simplesmente porque a bola raramente circulou pelo ataque lisboeta.

Foi, assim, no meio-campo atacante do Barcelona que ocorreram os melhores momentos de jogo. Afinal era naquelas paragens que deambulava Messi, a grande estrela catalã. Aos 7’, a primeira jogada do argentino foi travada em falta à entrada da área. Na cobrança do livre, Xavi viu a trave de Rui Patrício impedir o golo.

Seriam precisos mais sete minutos, para outra jogada de Messi, em mais um contra-ataque relâmpago, levar perigo à área leonina, mas desta vez com Henry a concluir com o primeiro golo. E aos 17’, aproveitando a desconcentração do Sporting, o Barcelona voltou a marcar, num autogolo de Polga. Depois foi esperar o intervalo, com os portugueses a pararem e a darem espaço para os catalães circularem a bola a ritmo lento, inexplicavelmente sem encontrar contrariedades.

Segunda parte louca

O reatamento chegou com o terceiro golo do Barcelona (com Messi a marcar, após um livre rápido que voltou a demonstrar a desconcentração dos lisboetas), numa altura em que os “leões” esboçavam uma reacção. Os catalães deram o encontro por terminado, com Messi a despedir-se dos adeptos portugueses. E com a saída do argentino terminou também o estado de “encantamento” dos jogadores leoninos. A partida entrou, então, numa toada louca com três golos em três minutos.

De rajada, Veloso (de livre), aos 65’, diminuiu a diferença, com Liedson, no minuto seguinte a marcar o segundo, num golo que poderia ter dado um novo lume ao encontro, não fosse um novo autogolo, desta vez de Caneira.

Aos 71’, o jogo acabou mesmo, com o guarda-redes do Sporting a ser expulso, após ter derrubado Krkic na área.

Ficha do jogo

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Assistência 31.765 espectadores

Sporting Rui Patrício, Caneira, Daniel Carriço, Polga, Grimi, Miguel Veloso, Pereirinha, João Moutinho, Romagnoli, Yannick Djaló (Tiago, 72’) e Liedson (Hélder Postiga, 79’)

Barcelona Valdés, Daniel Alves, Rafael Márquez, Piqué, Cáceres, Busquets, Xavi (Keita, 74’), Gudjohnsen, Hleb, Messi (Pedro Rodriguez, 57’) e Thierry Henry Árbitro Matteo Trefoloni, de Itália

Amarelos Sergio Busquets (33’), Caneira (54’), Rafael Marquez (63’)

Vermelho Rui Patrício (71’)

Golos 0-1, por Thierry Henry, aos 14’;

0-2, por Polga, aos 17’ (p.b.);

0-3, por Messi, aos 49’;

1-3, por Miguel Veloso, aos 65’;

2-3, por Liedson, aos 66’;

2-4, por Caneira, ao 67’ (p.b.);

2-5, por Bojan, aos 73’ (g.p.)