Catalães e madridistas defrontam-se hoje no Camp Nou
Um Barcelona com Ronaldinho Gaúcho, que recuperou da lesão muscular, e um Real Madrid com muitas ausências e à beira do delírio defrontam-se hoje no Camp Nou (21 horas/SportTV2).
Perto de cem mil espectadores vão assistir a um confronto de duas equipas que lambem as feridas causadas pela recente eliminação da Liga dos Campeões.
Perto de cem mil espectadores vão assistir a um confronto de duas equipas que lambem as feridas causadas pela recente eliminação da Liga dos Campeões.
Os catalães (49 pontos) não querem correr o risco de ficar mais longe do Sevilha (50 pontos), o surpreendente líder da liga espanhola, que joga na casa do Gimnàstic, penúltimo na tabela. Os madridistas, quartos classificados (44 pontos), sabem que uma derrota significará o adeus definitivo ao título, isto enquanto, na capital espanhola, a discussão é também em torno de se saber se o técnico Fabio Capello sai já... ou só no final da época.
"Já me fizeram essa pergunta umas 50 vezes e a minha resposta é sempre a mesma: a minha saída depende do presidente e não de mim", reagiu ontem o técnico italiano, que respondeu "absolutamente, não" quando os jornalistas quiseram saber se a sua continuidade poderia estar dependente do resultado na Catalunha. De facto, a Marca garante que o presidente madridista, Ramón Calderón, e o director desportivo, Mijatovic, estiveram, na noite de quinta-feira, reunidos até altas horas para decidir o futuro do técnico. Garante o jornal que a decisão foi aguentar Capello até Maio, a menos que o Real saia de Barcelona goleado. "Sou o treinador e, mesmo se a equipa não tem bons resultados, sou eu quem decide.
Não me escondo atrás de nada e continuo adiante com serenidade e tranquilidade", disse Capello, segundo o qual "é o treinador que decide, não são os jornalistas, nem os presidentes, nem os jogadores". O El País afiança que é o próprio Capello que pretende deixar Madrid e que já nem dissimula essa intenção. E há quem garanta que só pretende que lhe paguem os quatro milhões de euros que teria a receber de ordenados na próxima época.
Os jogadores, em privado, dizem que ele já nem se preocupa muito com os treinos e que mantém para com eles uma postura malcriada. "Esta equipa não é boa", terá confidenciado Capello junto de quem não teve coragem de falar nos 105 milhões de euros que custaram as sete contratações por ele recomendadas.
Capello não quis responder ao ex-madridista Ronaldo, que de Milão o acusou de ser um "homem em dificuldades e em quem não se pode acreditar". O ex-director desportivo Arrigo Sacchi mandou mais achas para a fogueira: "Esta é uma missão impossível.
A vida para Capello em Madrid é um inferno."No Camp Nou, Capello vai debater-se com mais uma dificuldade: Cannavaro, Roberto Carlos, Beckham e Reyes estão lesionados, enquanto Sergio Ramos, Torres e Diarra também estão com problemas físicos.Do lado do Barcelona, para além da recuperação do discutido Ronaldinho Gaúcho, o técnico Rijkaard debate-se com as ausências de Zambrotta e Giuly, castigados. Thiago Motta faltou ao treino sem dar explicações, mas Rijkaard contornou o problema à sua maneira: disse que o brasileiro tem um problema pessoal para resolver e deu-lhe uma semana de férias.
"É uma situação que pode acontecer em qualquer empresa", justificou. De resto, saiu também em defesa de Gudjohnsen depois de o islandês ter acusado os colegas de "falta de sacrifício e companheirismo".
Rijkaard deve voltar a apostar num sistema mais conservador (4x3x3), abandonando a defesa de apenas três homens. A dúvida é se Eto"o, longe da melhor condição física, será titular.
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